Durante seis anos estudei na famosa “escolinha” o que, quando ainda menina, adorava a forma como a minha escola era chamada, mas quando cheguei a adolescência já não achava tanta graça nos diminutivos. Ao longo desses anos tive a sorte de estudar com a mesma turma, as mesmas pessoas que até hoje, 12 anos após termos nos separado, ainda guardo com muito carinho.
Retratar o inverno capixaba só faz sentido se trouxer esta turma como ponto principal – enquanto a francesa espera seu momento chegar nesse texto desconexo – o entendimento de como o capixaba se comporta no frio. A famosa turma era o clássico exemplo que em Vitória basta chover para que todos coloquem casacos, basta chegar junho e julho para que todos usem botas, e estes fatores não indicam queda alguma na temperatura que sempre permanece acima de 22º mesmo no famoso inverno. Tia Sara, professora de português, um dia me disse que nossa turma deveria ser motivo de pesquisa, pois no auge do mês de Março já estávamos agasalhados. Na época achei um grande exagero, porém quando vejo as poucas fotos amareladas percebo que mesmo com datas de meses de verão vários de nós estávamos vestindo moletons e casacos.
Sinto falta daquela turma, das conversas bobas e dos apelidos. Eram tantos meninos que achávamos lindos que por timidez – ou por pura falta do que fazer – designávamos novos nomes para nossos amores. Red, Pato, Nescau, Toddy, o famoso Hugo-gostoso, dentre outros. Não posso reclamar desses alegres anos, porém me sinto liberta em não precisar usar roupa de frio o ano inteiro.
A fase adulta demora, mas chega mais rápido do que imaginávamos quando crianças e novos hábitos, trabalhos, amizades e rotinas nos separam de quem gostamos tanto. Com o tempo também muitas coisas mudam e hoje tenho uma cunhada francesa que fica gripada no inverno capixaba. COMO ASSIM? Pois é, como não está fácil para ninguém, não está também para os que nasceram em países frios. Acostumada com graus negativos, muda para Vitória e pega gripe no inverno, sem contar que vive saindo de agasalho. Acho que ela deve ter estudado na “escolinha” também.
Aproveito para, com minhas palavras, abraçar minhas
distantes amigas que guardo carinhosamente no meu coração e também desejar
melhoras para minha french cunhada.
Nossa eramos mesmo assim nos amávamos e nos odiávamos no final já não sabíamos qual sentimento realmente tínhamos um pelo outro kkk mais tenho certeza que nossa historia ta gravada dentro de cada uma amo muito essa "escolhinha"
ResponderExcluirVerdade, éramos mesmo muito felizes lá!
ExcluirAbraço,
Aaaah quanta saudade dessa turma! Tempo que ficou marcado em nós, em que as pessoas não se relacionavam por interesse, mas por simples doação. Parabéns e bjos, Evelyn!
ResponderExcluirObrigada Adriana, Saudades!
Excluir