Hoje, em um agradável café com minha amiga Carol - que pelo que
conheço gosta muito do anonimato de forma que não revelarei seu nobre sobrenome
- conversamos sobre muitas coisas como carreira, livros, casamento, sobrenomes,
rotinas e afins.
Como toda conversa acompanhada de cafés, a
nossa também foi longa, mas um ponto me fez meditar durante a parte final do
meu dia. Não me lembro como exatamente, mas chegamos a uma pergunta que tem
circulado muito por ai: "O que você salvaria se sua casa pegasse
fogo?". Já li textos sobre isso e até mesmo no filme Casa comigo esta pergunta faz com que a
mocinha repense sua vida e o que realmente importava para ela.
O que é importante para mim? Passei o dia
me questionando e lendo a respeito. Descobri um estilo de vida minimalista que
prega (de forma grosseira será dada a minha explicação) uma vida mais simples,
sem tantos objetos, sem tanto consumo que tem feito muito sucesso mundo a fora
e conquistado vários adeptos. Meu objetivo não é divulgar este estilo, que achei
superinteressante, mas levantar questionamentos que não nos fazemos na loucura
do dia-a-dia.
Carol salvaria as fotos da infância, pois
segundo ela, Cds, livros, Dvds e qualquer oura coisa ela poderia comprar
novamente, mas as fotos da infância não.
Digamos que minhas fotos de infância
estejam na casa da minha mãe, e minha casa, que não é a mesma, obviamente,
pegasse fogo. O que eu salvaria? Após muito pensar cheguei à conclusão de que
nada que tenho valeria a pena o risco de me adentrar pela casa em chamas.
Dois lados da moeda, não sou tão apegada a bens materiais,
preferindo preservar minha própria vida à um objeto, lado negativo é que coisas
são sempre repostas, recompradas, substituídas. Se minha mente pegasse fogo, ai
sim seria impossível decidir, por que aqui dentro guardo tudo o que realmente
importa. Os sorrisos, os momentos, as transformações da vida e, por que não, os
medos e incertezas que quando trabalhados me permitem tanto aprendizado?
Salvaria minhas histórias.
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