24 de julho de 2013

O que você salvaria se sua casa pegasse fogo?


Hoje, em um agradável café com minha amiga Carol - que pelo que conheço gosta muito do anonimato de forma que não revelarei seu nobre sobrenome - conversamos sobre muitas coisas como carreira, livros, casamento, sobrenomes, rotinas e afins. 
Como toda conversa acompanhada de cafés, a nossa também foi longa, mas um ponto me fez meditar durante a parte final do meu dia. Não me lembro como exatamente, mas chegamos a uma pergunta que tem circulado muito por ai: "O que você salvaria se sua casa pegasse fogo?". Já li textos sobre isso e até mesmo no filme Casa comigo esta pergunta faz com que a mocinha repense sua vida e o que realmente importava para ela. 
O que é importante para mim? Passei o dia me questionando e lendo a respeito. Descobri um estilo de vida minimalista que prega (de forma grosseira será dada a minha explicação) uma vida mais simples, sem tantos objetos, sem tanto consumo que tem feito muito sucesso mundo a fora e conquistado vários adeptos. Meu objetivo não é divulgar este estilo, que achei superinteressante, mas levantar questionamentos que não nos fazemos na loucura do dia-a-dia. 
Carol salvaria as fotos da infância, pois segundo ela, Cds, livros, Dvds e qualquer oura coisa ela poderia comprar novamente, mas as fotos da infância não. 
Digamos que minhas fotos de infância estejam na casa da minha mãe, e minha casa, que não é a mesma, obviamente, pegasse fogo. O que eu salvaria? Após muito pensar cheguei à conclusão de que nada que tenho valeria a pena o risco de me adentrar pela casa em chamas.
Dois lados da moeda, não sou tão apegada a bens materiais, preferindo preservar minha própria vida à um objeto, lado negativo é que coisas são sempre repostas, recompradas, substituídas. Se minha mente pegasse fogo, ai sim seria impossível decidir, por que aqui dentro guardo tudo o que realmente importa. Os sorrisos, os momentos, as transformações da vida e, por que não, os medos e incertezas que quando trabalhados me permitem tanto aprendizado? 
Salvaria minhas histórias.


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