6 de agosto de 2013

Aquela vez em Buenos Aires



Todo mundo sempre diz que a primeira vez a gente nunca esquece, verdade, não esquece mesmo. Minha primeira viagem para o exterior foi com minha amiga Júlia. Para começar, vamos pegar o nosso trajeto de ida para provar por A + B que viajar com amigos é algo único na vida. 



Comprei a passagem e mandei por e-mail para que Júlia pudesse comprar a dela também e lá estávamos nós com os preparativos para nossa viagem ao desconhecido mundo argentino. Nos despedimos do pai dela no aeroporto, cheio de recomendações de seguranças, cuidados e juízos e embarcamos. Juntas no avião, tirando várias fotos para marcar aquele memorável momento. Ao longo de conversas fomos checar os dados do nosso voo de São Paulo para Buenos Aires, fiquei um tanto quanto preocupada quando percebi que estaria sentada na cadeira 23E e que o assento dela era exatamente o mesmo, também 23E. Alguma coisa tinha que está errada. Logo percebemos que Júlia viu o meu voo e meu assento e comprou o mesmo assento, só que caso vocês não saibam, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, principalmente para uma capitalista empresa aérea. O voo de Júlia seria 2 horas após o meu. 

Cheguei em Buenos Aires por volta das 22 horas e tive que ficar esperando por ela até meia noite. Passado a longa espera, lá se iam duas meninas encantadas e saltitantes com os pezinhos em terras não brasileiras. A primeira dificuldade era entender o que os taxistas diziam, mas conseguimos entrar em um taxi e ir rumo ao hotel que ficava na famosa Rua Florida.

Conseguimos dormir já quase que duas horas da madrugada, e como todo farofeiro de plantão, as 6 da manhã já enfrentávamos o maluco e barulhento elevador rumo ao café da manhã. Uma hora depois, ainda sentadas esperando qualquer manifestação de alguém para preparar o café, pensamos em perguntar onde ele seria servido, uma vez que definitivamente não seria onde estávamos. No subsolo! Afff, fome e desejo desesperado por sair para conhecer aquela encantadora cidade, e nós ali perdendo tempo. Comemos coisas diferentes. A água tinha sabor e o pão me deu muita azia, mas a alegria não tinha fim. 

Logo na primeira esquina achamos uma loja que vendia 3 pares de sapatos por 90 pesos, totalmente de graça, mas o 39 aqui não me deu nenhuma opção de sapato. Ódio das argentinas que calçam 36. Andamos, rodamos, fomos no charmoso Caminito, tiramos incontáveis fotos e vimos casais dançando tango em restaurantes super charmosos. A noite fomos ao show do Hillsong, que era o motivo pelo qual havíamos nos desbravado por aquelas terras e no dia seguinte, o melhor passeio de todos, fomos de bicicleta andar pelo Puerto Madeiro, almoçamos no Friday’s, passamos em frente ao Palácio Rosado e de tarde fomos ao cemitério da Evita Peron e outros bairros muito agradáveis da cidade.



De noite o sucesso chegou em minha porta e eu abri, senhoras e senhores, pulem de um pé só! Tudo bem, não foi tanto sucesso a ponto de precisar pular de um pé só, mas fomos a um barzinho que tinha música, ou seja, karaokê dado ao talento ausente dos que se atreviam a cantoria, eu e Júlia fomos ao palco e cantamos uma música, que para nossa surpresa foi de fato aplaudida de pé, além disso conhecemos três rapazes muito legais de países da Europa. 

Na volta para casa, nós duas no aeroporto na fila de embarque quando, de repente, Júlia começa a gritar igual uma adolescente vendo o show da Sandy & Júnior, e eu sem entender nada apenas olhei para onde ela apontava e para quem ela gritava. Para minha surpresa, que também quis gritar, o JD um dos vocalistas do Hilssong vindo sorridente em nossa direção. Só deu tempo de tirarmos uma rápida foto e voltar para o embarque.



Outros detalhes da viagem que deixariam o texto muito longo foram cortados, mas o cheiro da cidade, o que senti ao pisar nela pela primeira vez, e a alegria de desbravar o desconhecido foi de fato marcante. E Júlia ganhou um apelido, nossa pimentinha passou a ser chamada de Recoleta. 

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