No Natal passado descobri algo sobre minha personalidade, que
sabia que existia, mas morreria sem saber que era tão gritante e, menos ainda,
que todos percebiam. Ontem fiz novamente e percebi risos a minha volta.
Voltemos ao Natal de 2012. A família do
meu noivo e eu fomos passar o Natal em Brasília. Adorei a cidade e toda a
organização da mesma, apesar de perceber que o fator crucial à vida em Brasília
é o carro. Você não precisa nem de água nem de oxigênio, mas de carro, ahhh sem
ele você não consegue nada por lá não.
Durante a ceia de Natal houve um amigo
"ladrão", aquele que a próxima pessoa pode pegar o seu presente e
você tem que aceitar o que ela te oferece, que é pior do que o seu, óbvio, caso
contrário essa pessoa não roubaria o seu presente. Pois bem, esclarecido os
fatos, lá estava eu e meu Natal feliz com meu noivo, sogra e sogro que amo de
paixão, cunhadinha e várias outras pessoas que acabara de conhecer, até então
achando que eu devia ser um doce de menina - ainda bem que a primeira impressão
é a que fica - até que, eu que não
iria participar de brincadeira nenhuma, recebi um presente que rapidamente abri
sem muita esperança de ser algo especial, porém – cantos gregorianos ao fundo –
era uma caneca linda, com pinturas de pontos turísticos franceses e que já
vinha com tampinha e com metal que se coloca o saquinho de chá. Deu-se então o
meu fim!!!
Tão feliz com algo simples mas que era a
minha cara, sai de perto das pessoas e fui ficar escondida sentada atrás do meu
sogro e o mais longe possível da vista de qualquer ladrãozinho de plantão.
Pasmem, ainda não acredito que fiz isso, mas fiz! Para meu infortúnio, uma
pessoa viu minha amada caneca e disse que a roubaria de mim, e foi nesse
momento que veio à tona o que sempre achei que conseguia esconder bem: minha
cara de desgosto que foi tão grande que fez com que a moça mudasse de ideia e
preferisse um "baralho". Minha sogra, meu noivo e minha cunhada
estavam me consolando quando ela aceitou não trocar o presente. Nesse momento
confesso que me senti um tanto quanto ridícula, mas a lambança já estava feita.
Imagino que não serei convidada para o
próximo Natal em Brasília.
Voltando para os dias atuais. Ontem, na
comemoração de aniversário de um membro importante da família, fomos a uma
Pizzaria. Eu, sentada ao lado de minha amiga Carol - aquela do nobre sobrenome
- aguardava a chegada da sonhada pizza. Via, incomodada, várias pizzas rodando
o salão, mas a única que chegava a minha mesa era a de 4 queijos e eu dizendo
que queria Margherita e Carol também. Assim que surgiu uma moça anunciando a
pizza do meu sabor favorito meus olhos pularam de alegria, porém ao olhar para
a mão da garçonete percebi que só havia um pedaço. Diz a etiqueta que você deve
oferecê-lo, ok! Engoli em seco e disse com dificuldades - Você quer Carol?
Só consegui perceber meu noivo e minha
sogra rindo largamente e o nobre sobrenome (não é à toa que é nobre) dizendo
com toda a classe - Pode ficar, eu aguardo a próxima!
Sinto que meu noivado corre sérios riscos.
Quem manda, sua tonta, não saber fingir as coisas, ou mesmo contar uma
mentirinha de vez em quando do tipo - Pode ficar, está tudo bem!
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