Sempre fui assim, algo inexplicável. Uma coisa doce por fora cheirando a
bala, mas com atitudes contraditórias e estranhas. Desde pequena sofro de
desesperite crônica, padeço de angustíaco desengonço e tenho crises de sólida
insegurança. Não me encaixo em padrões e
não pertenço a nenhuma categoria o que durante o momento atual da minha vida tem
ficado cada vez mais aguçado, porém a capa mostra uma pessoa segura, decidida e
corajosa. I wish.
Caminho labirintos solitários em minha mente desgovernada. Tenho medos e
incertezas, mas na verdade, quem não tem? Pelo que vejo, dado ao sucesso que os
livros de autoajuda tem no mercado hoje em dia, não estou sozinha nesse louco
labirinto do medo. Medo de falar em público, medo da solidão ou do excesso de
companhias, medo de não ser bem sucedido, ou mesmo medo do sucesso, medos que paralisam,
medos que te jogam no abismo.
Penso que o não querer falhar, independente de qual área seja, que gera
medos enormes nas pessoas, e hoje com o mundo pequeno e facilmente acessível
causado pelas redes sociais e internet, o medo aumenta na mesma proporção que o
acesso a informações aumenta diariamente. Tudo é postado, curtido e comentado
no facebook. Sua vida é vigiada e acompanhada diariamente por pessoas que
gostam e torcem por você, outras que te invejam, e outras que querem o seu mal.
Se falhei na vida? Várias vezes e pode acreditar, continuo tendo medos
diários de não chegar onde quero, de não realizar meus sonhos, de não
conquistar meus objetivos. Talvez não seja a pessoa mais indicada a escrever
sobre medos, tenho tantos que não posso aconselhar ninguém, e nem mesmo dizer
que os superei, mas posso me abrir e confessar que eles existem e talvez assim
me sinta mais leve, mais humana, mais viva.
Vivendo como os alcóolicos anônimos.
Oi, meu nome é fulana e estou há um dia reconhecendo que não sou a
mulher maravilha.
Me identifiquei...
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